Ched Editorial - 1985 / Editora Azougue - 2002
"Kaos = aparente repetição, é como o ato sexual; deixaria de ser gostoso por ser sempre aparentemente a mesma coisa?
Kaos = introdução de monotonia oriental no proceder e na arte do homem ocidental. Nova noção de tempo.
Kaos = avanço em espiral, rebelião pura e permanente, luta contra a III guerra mundial absorvendo-a, dormindo com ela, tornando-a comestível, realidade sexual, palpável, gustável.
Kaos= tensãodramática, enlouquecedora, purificadora, da existência. Tensão que aumenta sempre, tensão contraditória com estados de alma os mais opostos e diversos, convergindo sempre para uma tensão maior e para una ampliação maior dos opostos em intensidade e fúria, aumentando assim a intensidade da tensão. Sado-masoquismo, depois um supra sado-masoquismo, e depois um supra-supra sado-masoquismo, e assim por diante, consciência-intuição, razão-irracional, triste-alegre, luz-escuridão, Yang-Yin, tudo aumentando sem cessar, em intensidade e fúria, aumentando assim a tensão que une os opostos em crescimento contínuo, crescimento que inclui recuos, mortes, não-crescimentos, assassinatos.
Kaos =o que eu sou. Ilegível e legível, sábio e burro, queimação, fogo que arde dentro da gente, necessidade de dizer, de dizer, de roubar o segredo dos deuses. E depois de cada roubo, a certeza de que há um segredo maior e que é preciso roubá-lo também, e assim por diante."
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