Melhor história sobre a Revolução Francesa de todos os tempos, porque, como diz o autor, pelo repúdio que a Revolução Francesa teve desde seu início com seu próprio historiador Michelet, o papel do indivíduo nos acontecimentos históricos foi cada vez mais apagado em detrimento de massas abstratas e movimentos coletivos, negando o papel primordial do indivíduo, jogando no lixo todos esses acontecimentos biográficos, individuais de todos os revolucionários da época. Simon Schama agradece porque ficou para ele apenas a tarefa de retirar do lixo todos esses depoimentos geniais. Por exemplo, o general Lafayette e suas relações pessoais com George Washington, a Queda da Bastilha não ter sido jamais fruto de uma batalha épica de derrubada da Bastilha, mas apenas fruto de uma peça teatral financiada pelo primo do Rei que publicava os maiores ataques contra o Rei, e que, pelo sucesso da peça, ela nunca chegava ao fim, bisaram várias vezes o final e o público continuava aplaudindo em êxtase, não restando outra saída que não fosse aquela de saírem e improvisarem um final que foi a Queda da Bastilha, que, ao contrário das pinturas da propaganda da Revolução, não ocasionou nenhum combate. A Bastilha só tinha dois prisioneiros, um deles o Marquis de Sade, que escrevia à vontade e entrava e saía quando queria, e quando o zelador da Bastilha viu aquela multidão teatral se aproximando, abriu imediatamente as portas e deixou todo mundo entrar.