Obra prima da literatura iídiche, é divida em três partes: a primeira se passa na época do pré-Nazismo, em que um oficial da SA, que é perito em assuntos judaicos e por isso consulta a história judaica profundamente e no entanto tem pesadelos alucinantes nos quais se vê como um soldado romano crucificando alguém na cruz. Desesperado, vai consultar as fontes supremas, isto é: um rabino. A segunda parte é escrita num tom de narrativa colorida de paisagens cintilantes retratando Israel como se fosse a prosa poética de Rabindranath Tagore narrando as belezas da Índia em pleno verão. É a narração de um "evangelho" escrito pelo homem que ajuda Jesus a levar sua cruz a caminho do calvário. A terceira parte é o Evangelho de Judas Iscariote, que termina abruptamente depois da noite de meditação no Monte das Oliveiras. No texto se lê que o final foi rasgado brutalmente por alguém.

Mostra a proximidade visceral entre o Judaísmo e Jesus de Nazaré, que, aliás, são resultado da antiqüíssima História do Egito no evento de El-Amarna quando foi criado o Deus único benevolente de Akhenaten e Nefertiti. É bom notar que o Hino a Aten, composto por Akhenaten, é igual ao Salmo 104.