18.06.2013Jorge Mautner comenta os protestos de ontem (17 de junho de 2013)

Meu coração exulta com essas manifestações cívicas que representam a maior novidade da política. Isso vai continuar para sempre. Elas se manifestam por indivíduos: indivíduos em primeiro lugar. Direitos humanos e todas as reivindicações destes direitos humanos.

Lembrar que Karl Marx, no Manifesto Comunista, acentua a importância de que a novidade de que a igualdade e a liberdade viriam apenas dos meios de comunicação e da tecnologia: a máquina a vapor e o telégrafo. Pela internet, que é a extensão do ser humano, aqui no Brasil, aconteceu um fenômeno que é a plenitude da Amálgama de José Bonifácio de Andrada e Silva e também de Joaquim Nabuco com sua segunda abolição permanente. Cada geração tem que reconquistar a sua liberdade.

É como se fosse uma Primeira Internacional do século XXI: indivíduos, direitos humanos, pacifismo, civismo democrático. As autoridades, de início, reagiram mal, com um pouco, ou bastante violência, mas depois recuaram imediatamente. No segundo dia, as autoridades constituídas compreenderam e decidiram abraçar o inevitável, que inclusive é fundamental para a democracia.

Não são minorias, são maiorias, mas é bom dizer que a minoria é tão importante quanto a maioria na democracia. Todas as bandeiras foram levantadas, não só o passe livre: direitos humanos, diversidade sexual, ecologia, tudo, todas as demandas. O mais importante é que isso veio para ficar, e as autoridades compreenderam. Nunca houve tamanha marcha pacífica e pacifista, com pouquíssimos acidentes. Isso é uma esperança inacreditável e concretizada.

Parabéns a todos que saíram às ruas, e com boa vontade. É Jesus de Nazaré: amai-vos uns aos outros.

(Esse momento) leva também, talvez, à construção de uma democracia participativa, mas onde a liberdade estará sempre em primeiro lugar, a liberdade individual. Somos vários indivíduos que fingem ser um só, e esses movimentos compreendem, sentem e refletem tudo isso.

Uma democracia participativa ou não, depende, porque cada vez mais as coisas são de uma velocidade vertiginosa e nós vamos atingir a própria simultaneidade da governabilidade. Já se vê isso hoje, é a velocidade, por exemplo: as eleições vão ser no ano que vem, mas já praticamente é como se estivessem sendo agora. É um civismo absoluto, é uma magnitude de magnificência da democracia e dos direitos humanos, e com as características do Brasil. A própria compreensão rápida das autoridades não mais respondendo com, não digo truculência, mas incompreensão. É muita gente e quase nenhum acidente. Os que fazem arruaça são quase ignoráveis perante a magnitude positiva, permanente agora, destas manifestações. Essas manifestações são a alma e o coração do civismo democrático.

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06.06.2013Palestras sobre Nietzsche no Midrash

Palestras sobre Nietzsche no Midrash

Começou hoje a série de palestras de Jorge Mautner sobre Nietzsche, no Midrash. Na palestra que acabou há pouco, Jorge falou sobre Nietzsche e Richard Wagner. As próximas serão:

 

13/6: Nietzsche e Mussolini

 

20/6: Nietzsche e Hitler

 

27/6: Nietzsche e Lenin

 

O Midrash Centro Cultural fica no Leblon, na Rua General Venâncio Flores, 184. As inscrições pro curso podem ser feitas lá.

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26.05.2013Jorge Mautner na Virada Cultural

Jorge Mautner na Virada Cultural

Do Último Segundo/iG:


O multiartista Jorge Mautner tocou na íntegra seu disco homônimo, de 1974, para mais de mil presentes ao Teatro Municipal de São Paulo, dentro da Virada Cultural 2013. Além de impressionar pela voz em forma e o violino afiado, o músico de 74 anos divertiu o publico com suas histórias e ideias.


As canções quase quarentonas foram revisitadas (e modernizadas) por Mautner e uma grande banda, capitaneada pelo guitarrista Bem Gil - filho de Gilberto Gil -, que também cantou algumas das canções do disco na apresentação.

 

Da Folha de São Paulo:

 

No palco, a banda parecia se divertir tanto quanto público. "Várias dessas músicas ele não cantava há 40 anos", notou Bem Gil. Entre as canções lembradas por Mautner, apareceram "Matemática do desejo", "Herói das estrelas" e "Maracatu atômico", esta recebida com animação pela plateia.

 

(foto de Edu Cesar, para o iG)

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26.05.2013"soube do golpe militar um ano antes"

Em outra parte da entrevista coletiva realizada na quinta-feira 23 de maio durante o evento Conexões Globais, em Porto Alegre, Jorge Mautner conta sua perspectiva sobre a revolta dos sargentos e o golpe militar de 1964.

 

O vídeo pode ser visto neste link, via EBC.

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26.05.2013O princípio da internet é o amor

De Leandro Melito, correspondente do Portal EBC:

 

Durante sua participação no Conexões Globais, nesta quinta-feira (23), em Porto Alegre, o cantor e compositor Jorge Mautner falou sobre a importância da interação pela internet e destacou que “o princípio da internet é o amor”. “Em primeiro lugar [na internet] vem o amor verdadeiro, relacionado aos direitos humanos, e em segundo vem o sexo explícito e depois vem o restante das informações, que também é muita coisa”.

 

O depoimento em vídeo pode ser visto neste link, via EBC.

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26.05.2013No nível do mito

Da coluna de Caetano publicada em 12 de maio, no Globo:

 

Jorge Mautner sempre me diz que, num artigo sobre a tradução americana de “Verdade tropical”, algum resenhista anglófono citou Faulkner a meu respeito. Eu não me lembro de ter lido nada disso. Sigo Mautner como a um mestre, mas isso não quer dizer que acredito que tudo o que ele diz seja fato. Ele está sempre no nível do mito.

 

(coluna na íntegra)

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23.05.2013JFK: jovem e fascinado com Hitler

JFK: jovem e fascinado com Hitler

“Adolf Hitler foi feito da mesma matéria da qual as lendas são feitas”. A declaração não pertence a nenhum líder nazista do Terceiro Reich, mas ao ex-presidente dos EUA, John Fitzgerald Kennedy. Com frases como estas, escritas em seu diário e em cartas enviadas a seus amigos na juventude, o político mostrou o fascínio que tinha na época pelas ditaduras europeias. Um livro que será publicado em breve na Alemanha, e promete ser polêmico, compila essas notas deixadas por um jovem JFK durante uma longa viagem pela Europa. Intitulado “John Kennedy entre os alemães. Diários e cartas 1937-1945″, Oliver Lubrich apresenta essas controversas frases do ex-presidente, deslumbrado com a Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini.

 

O autor aborda as emoções políticas de Kennedy, que ficou impressionado com as mudanças que estavam ocorrendo no velho continente. “Eu dormi muito e com uma turnê do American Express, cheguei a Milão. Bela catedral, uma das maiores do mundo. Leio Gunther e cheguei à conclusão de que o fascismo é a coisa mais justa para a Alemanha e para a Itália, o comunismo para a Rússia e a democracia para os Estados Unidos da América”, diz ele em uma nota de 3 de Agosto de 1937.

 

Então, durante uma estadia em Munique, escreveu: “Não há dúvida de que esses ditadores em seus países, graças à sua poderosa propaganda, são mais amados do que fora deles”. E diz que se sente “um grande fã de Hitler”. Dois meses antes do início da II Guerra Mundial, o jovem Kennedy diz: “Minha viagem foi extraordinária. A única oportunidade de experimentar sobre o que vai acontecer é viajar por todos esses países. Entretanto, ainda não acho que haverá uma guerra por causa da oposição da Itália e de uma série de outras coisas”. Essa visão muda radicalmente em 20 de agosto, quando ele diz que a situação tornou-se “crítica” e que “as pessoas esperam uma guerra”.

 

Já nos últimos dias da guerra, Kennedy mostra como ele estava triste pela forma como Berlim ficou. “Tudo está destruído. Não existe uma construção que não está queimada. Em algumas ruas o cheiro dos cadáveres é terrível”. Ele também se refere ao Führer: “A ambição sem limites por seu país, fez dele uma ameaça à paz mundial. No entanto, ele tinha algo misterioso em seu modo de vida e em sua maneira de morrer, que irá sobreviver e crescer. Ele tinha a matéria de que são feitas as lendas”.

 

(do Clarín)

 

(tradução do site de Cesar Maia)

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17.05.2013Ciência

Notícias cada vez mais inacreditáveis nos dão conta da velocidade com que caminha a ciência e a tecnologia. Em breve teremos tecidos de todas as partes do corpo humano artificialmente produzidos em terceira dimensão e com longevidade infinita.

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