28.08.2013Polícia Militar do RJ agride mulher
Mais uma demonstração de brutalidade e ação criminosa e injustificável da Polícia Militar do Rio de Janeiro. É urgente a desmilitarização da Polícia, braço armado e impune da opressão.
(post por João Paulo)
21.06.2013Novo comentário de Jorge Mautner sobre os protestos (21 de junho)
"O problema das pessoas que não querem saber de política é que acabam governadas por aquelas que só querem saber de política."
18.06.2013Jorge Mautner comenta os protestos de ontem (17 de junho de 2013)
Meu coração exulta com essas manifestações cívicas que representam a maior novidade da política. Isso vai continuar para sempre. Elas se manifestam por indivíduos: indivíduos em primeiro lugar. Direitos humanos e todas as reivindicações destes direitos humanos.
Lembrar que Karl Marx, no Manifesto Comunista, acentua a importância de que a novidade de que a igualdade e a liberdade viriam apenas dos meios de comunicação e da tecnologia: a máquina a vapor e o telégrafo. Pela internet, que é a extensão do ser humano, aqui no Brasil, aconteceu um fenômeno que é a plenitude da Amálgama de José Bonifácio de Andrada e Silva e também de Joaquim Nabuco com sua segunda abolição permanente. Cada geração tem que reconquistar a sua liberdade.
É como se fosse uma Primeira Internacional do século XXI: indivíduos, direitos humanos, pacifismo, civismo democrático. As autoridades, de início, reagiram mal, com um pouco, ou bastante violência, mas depois recuaram imediatamente. No segundo dia, as autoridades constituídas compreenderam e decidiram abraçar o inevitável, que inclusive é fundamental para a democracia.
Não são minorias, são maiorias, mas é bom dizer que a minoria é tão importante quanto a maioria na democracia. Todas as bandeiras foram levantadas, não só o passe livre: direitos humanos, diversidade sexual, ecologia, tudo, todas as demandas. O mais importante é que isso veio para ficar, e as autoridades compreenderam. Nunca houve tamanha marcha pacífica e pacifista, com pouquíssimos acidentes. Isso é uma esperança inacreditável e concretizada.
Parabéns a todos que saíram às ruas, e com boa vontade. É Jesus de Nazaré: amai-vos uns aos outros.
(Esse momento) leva também, talvez, à construção de uma democracia participativa, mas onde a liberdade estará sempre em primeiro lugar, a liberdade individual. Somos vários indivíduos que fingem ser um só, e esses movimentos compreendem, sentem e refletem tudo isso.
Uma democracia participativa ou não, depende, porque cada vez mais as coisas são de uma velocidade vertiginosa e nós vamos atingir a própria simultaneidade da governabilidade. Já se vê isso hoje, é a velocidade, por exemplo: as eleições vão ser no ano que vem, mas já praticamente é como se estivessem sendo agora. É um civismo absoluto, é uma magnitude de magnificência da democracia e dos direitos humanos, e com as características do Brasil. A própria compreensão rápida das autoridades não mais respondendo com, não digo truculência, mas incompreensão. É muita gente e quase nenhum acidente. Os que fazem arruaça são quase ignoráveis perante a magnitude positiva, permanente agora, destas manifestações. Essas manifestações são a alma e o coração do civismo democrático.
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